JAPALAMA
A japamālā é o terço de meditação que usamos no Yoga para contar mantras ou respirações nas práticas. Ele começa no meru, a 109a. ou a 55a. conta, que se usa para contar as repetições. Em sânscrito, ‘japa’ significa repetição e ‘mala’ quer dizer colar de contas.
O japamala é um acessório ou ferramenta de uso pessoal, por carregar a energia de quem o utiliza e também dos mantras entoados com ele. Por isso, com o tempo de uso, o japamala adquire também a característica de um talismã ou guardião, que protege a pessoa que o utiliza e o ambiente onde o colar sagrado estiver. Além disso, ele é bastante útil para quem pratica mantras porque evita distrações e ajuda a mente a focar no mantra, sem se preocupar com qualquer tipo de contagem, por exemplo.
1- Uso mais correto do japamala
Esta é um ponto importante e que merece atenção de todo praticante. Tradicionalmente, o japamala é usado na mão direita, considerada na Índia a mão pura.
O indicador não toca a mālā. Você a segura com os dedos anular e mínimo, impedindo que toque no chão. Algumas pessoas rodam a mālā dentro de uma bolsa de pano, justamente para impedir que ele encoste no chão.
A posição da mão lembra a postura que fazemos em um cumprimento de aperto de mãos. Com a mão direita deitada, separe um pouco o indicador e posicione o japamala sobre o dedo médio. Importante: o dedo indicador simboliza o nosso ego e, por essa razão, não deve encostar no japamala durante a prática.
O início da prática começa sempre na primeira conta ao lado do meru, a conta extra. Ao vocalizar um mantra, é preciso puxar uma conta com ajuda do polegar, sempre em direção a você, e assim sucessivamente. Se estiver entoando o mantra Om, por exemplo, você repetirá o mantra a cada conta que puxar com o polegar, simultaneamente.
Quando chegar ao fim do seu japamala, isto é, na última conta antes do meru, você deve encerrar os mantras. Se quiser continuar um novo ciclo, não passe por cima do meru. Ao contrário, você deve retornar pelo caminho já trilhado, da seguinte maneira: segure a última conta antes dele, gire-a com ajuda do polegar e dedo médio e, em seguida, passe o dedo médio para baixo e o polegar para cima. Aí é só recomeçar.
2- Número de contas
O japamala mais tradicional tem sempre 108 contas, um número bastante simbólico. Ancestralmente, os textos sagrados sugerem que sejam feitas 108 repetições de um mesmo mantra. Da mesma forma, podemos encontrar referências para 108 saudações ao sol durante sádhanas ritualísticos.
No hinduísmo e no budismo, há vários exemplos de templos com 108 degraus, rituais com 108 altares e até 108 yantras . É uma espécie de matemática sagrada, contas que nos levam ao divino, ao Absoluto.
Além das 108 contas, há sempre uma extra, chamada de meru, utilizada para marcar o início e o fim (ou recomeço) de um ciclo de mantra. Esta 109ª conta simboliza o mestre ou professor que nos orienta na prática ou, ainda, alguma divindade do hinduísmo ou mesmo nosso verdadeiro mestre (nossa consciência).
Alguns japamalas são confeccionados com 54 contas, que é metade de 108, ou até mesmo com 27 contas, metade de 54 ou ¼ das tradicionais 108 contas. Nestas versões, o praticante pode dar duas voltas no japamala de 54 contas para atingir 108 repetições. Da mesma forma, precisará completar 4 ciclos no japamala de 27 contas para terminar o equivalente às 108 contas.
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